O presidente do Equador, Daniel Noboa, sofreu uma tentativa de assassinato nesta terça-feira (8), durante deslocamento oficial no interior do país. De acordo com o governo equatoriano, o veículo presidencial foi atingido por pedras e por disparos de arma de fogo. Noboa não ficou ferido.
A ministra de Meio Ambiente e Energia, Inés Manzano, confirmou que houve registro de danos compatíveis com tiros no carro oficial e que uma denúncia formal por tentativa de homicídio foi apresentada. Cinco pessoas foram presas sob suspeita de participação no ataque e estão sendo investigadas por crimes de tentativa de assassinato e terrorismo.
O incidente ocorreu na província de Cañar, onde manifestantes se concentravam em meio a uma série de protestos contra o corte de subsídios aos combustíveis. O governo afirma que cerca de 500 pessoas bloquearam a passagem do comboio presidencial, lançando pedras e objetos.
O episódio acontece em um contexto de crescente tensão social no país. Desde o anúncio da retirada dos subsídios, movimentos indígenas e sindicais realizam manifestações em diversas regiões, especialmente na Serra e no interior. As forças de segurança foram mobilizadas para conter os protestos, que já resultaram em confrontos e prisões.
Daniel Noboa, que assumiu a presidência com a promessa de estabilizar a economia e conter a violência associada ao narcotráfico, enfrenta agora um duplo desafio: garantir a ordem pública e preservar sua base política em meio ao aumento da insatisfação popular.
A presidência equatoriana ainda não confirmou se o esquema de segurança de Noboa será reforçado, mas o governo declarou que não permitirá ataques à institucionalidade do país e prometeu identificar os responsáveis pelo atentado.









