Por Claudia Antunes
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi anunciada como vencedora do Prêmio Nobel da Paz 2025 pelo Comitê Norueguês do Nobel. A premiação reconhece seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos na Venezuela e na busca por uma transição pacífica do regime autoritário para a democracia.
Uma trajetória de resistência
Engenheira industrial de 58 anos, María Corina Machado se destacou como uma voz central contra o governo de Nicolás Maduro. Mesmo barrada de concorrer à presidência nas eleições de 2024, ela continuou a liderar movimentos em defesa dos direitos humanos, da liberdade de expressão e da democracia no país.
Ao longo de sua trajetória, Machado enfrentou ameaças à sua segurança e precisou viver em exílio forçado, mas manteve seu ativismo político e a articulação internacional para apoiar a oposição venezuelana.
Reconhecimento internacional
O Nobel da Paz 2025 será entregue em Oslo, na Noruega, em 10 de dezembro. A premiação marca um reconhecimento global à luta por democracia em contextos autoritários e reforça a importância da atuação feminina em processos de paz e direitos humanos.
Antes do Nobel, María Corina Machado já havia sido laureada com o Prêmio Sakharov de Direitos Humanos da União Europeia, em 2024, reforçando seu papel como referência internacional na defesa de valores democráticos.
Impacto da premiação
Especialistas destacam que o Nobel da Paz para Machado não apenas reconhece a luta da oposição venezuelana, mas também envia uma mensagem clara à comunidade internacional: o fortalecimento da democracia e a proteção dos direitos humanos são essenciais em regimes autoritários.
O prêmio deve ampliar a visibilidade de sua causa e gerar maior pressão internacional sobre o governo de Maduro, reforçando esforços diplomáticos para garantir eleições justas e liberdade política na Venezuela.
María Corina Machado se junta a uma lista de líderes e ativistas que transformaram o prêmio em símbolo de resistência e esperança. Sua trajetória exemplifica a força da liderança feminina na promoção da paz e o impacto do ativismo político, mesmo em cenários de alto risco e adversidade.
O Nobel da Paz 2025 confirma que, mesmo diante de repressão e dificuldades, a luta pela democracia e pelos direitos humanos pode alcançar reconhecimento e inspiração mundial.









