Um tornado de grande intensidade atingiu o município de Rio Bonito do Iguaçu, no centro-sul do Paraná, na noite de sexta-feira (7), deixando um rastro de destruição e provocando pelo menos seis mortes e centenas de feridos. O governo estadual decretou estado de calamidade pública, e equipes de defesa civil e voluntários atuam para socorrer os moradores e avaliar os danos.
O fenômeno destruiu casas, estabelecimentos comerciais e infraestrutura básica, deixando milhares de pessoas sem água, energia elétrica e acesso a serviços essenciais. Muitas famílias estão desalojadas e aguardam ajuda emergencial para reconstruir suas vidas.
Impactos e números preliminares
Segundo a Defesa Civil, aproximadamente 90% da zona urbana foi afetada, com ventos estimados em mais de 250 km/h, capazes de derrubar construções, arrancar telhados e árvores. Até o momento, foram contabilizados:
• 6 mortes confirmadas cinco em Rio Bonito do Iguaçu e uma em cidade vizinha;
• Mais de 750 feridos, atendidos em hospitais da região;
• Cerca de 2 mil residências sem energia elétrica;
• Danos significativos a escolas, postos de saúde e vias de transporte;
• Interrupção de serviços básicos, incluindo água, saneamento e comunicação.
Moradores relatam cenas de destruição comparáveis a zonas de conflito. “Foi como se a cidade inteira tivesse sido virada do avesso. Perdemos tudo em poucos minutos”, disse um morador atingido.
Ações de resposta
O governo do Paraná mobilizou equipes de Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e assistência social, com apoio de voluntários e instituições privadas. O objetivo é:
• Oferecer abrigo temporário para desalojados;
• Distribuir alimentos, água, roupas e materiais de higiene;
• Reestabelecer energia, comunicação e transporte em áreas críticas;
• Avaliar a extensão dos danos e iniciar o processo de reconstrução.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou solidariedade às famílias afetadas e anunciou o envio de equipes federais de apoio e recursos emergenciais, acelerando a liberação de verbas para atender às necessidades mais urgentes.
Por que o tornado foi tão destrutivo
Especialistas em meteorologia explicam que a região sul do Brasil possui maior incidência de tornados, especialmente em áreas planas e com clima instável. A combinação de ar quente, úmido e instável com frentes frias velozes formou uma supercélula, tipo de nuvem capaz de gerar ventos extremamente fortes.
O fenômeno de Rio Bonito do Iguaçu, com ventos acima de 250 km/h, destruiu estruturas comuns em construções urbanas, o que intensificou a devastação e os impactos sobre a população.
Desafios para a comunidade
Os moradores enfrentam dificuldades imediatas, como:
• Falta de moradia e abrigo seguro;
• Acesso limitado a alimentos e água potável;
• Atendimento médico para feridos graves;
• Incerteza quanto à reconstrução de suas casas e comércios.
Enquanto isso, organizações sociais, igrejas e voluntários atuam para fornecer assistência emergencial. No entanto, autoridades alertam que a ajuda governamental é essencial para a recuperação de longo prazo, incluindo reconstrução de moradias, restabelecimento de serviços públicos e mitigação de riscos futuros.
Próximos passos
Nos próximos dias, a prioridade será:
• Avaliar e registrar todos os danos para fins de liberação de recursos;
• Garantir abrigo e alimentação adequados para os desalojados;
• Restabelecer serviços essenciais, como energia elétrica, água e transporte;
• Planejar a reconstrução de casas, comércio e infraestrutura, considerando medidas de prevenção para fenômenos futuros.
A Defesa Civil e os órgãos de meteorologia reforçam a importância de sistemas de alerta rápido e preparação para desastres, especialmente em regiões mais vulneráveis a tornados e tempestades severas.
Conclusão
O tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu deixou um cenário de destruição, mortes e feridos, além de desafios sociais e econômicos significativos. A resposta imediata envolve socorro emergencial, assistência a feridos e desalojados, enquanto o planejamento para reconstrução e mitigação de riscos futuros começa a ser implementado. O episódio reforça a necessidade de preparação e políticas públicas eficazes para lidar com fenômenos extremos no Brasil.









