O salário mínimo nacional para 2026 deve ser de aproximadamente R$ 1.621, segundo estimativas técnicas baseadas na política de valorização aprovada pelo Congresso. O valor representa um reajuste de cerca de 6,68% sobre os atuais R$ 1.518, em vigor desde janeiro de 2025.
Embora o número tenha circulado entre analistas e dentro da equipe econômica, a definição final ainda depende do envio de um pedido de ajuste pelo governo federal ao Orçamento de 2026, que precisa ser analisado e aprovado pelo Congresso Nacional.
Como o valor é calculado
Desde 2023, o Brasil voltou a adotar uma política permanente de reajuste real do salário mínimo, que combina:
• Inflação medida pelo INPC dos 12 meses anteriores;
• Crescimento do PIB do ano retrasado.
Com o PIB de 2024 tendo apresentado avanço moderado, somado à expectativa de inflação na casa dos 4% a 4,3%, o cálculo preliminar leva ao valor estimado de R$ 1.621.
A fórmula tem como objetivo promover uma recuperação do poder de compra dos trabalhadores que ganham o piso salarial e fortalecer o consumo interno, especialmente entre as famílias de menor renda.
Impacto para trabalhadores e benefícios sociais
O salário mínimo serve de referência para uma série de pagamentos públicos e privados. Se confirmado o valor de 2026, haverá efeito direto sobre:
• Aposentadorias e pensões do INSS que recebem o piso;
• Abono salarial PIS/Pasep;
• Seguro-desemprego;
• BPC/Loas;
• Salários de trabalhadores celetistas que ganham o mínimo;
• Pisos regionais que podem ser reajustados com base no mínimo federal.
O aumento também deve movimentar o setor de comércio e serviços, já que o salário mínimo influencia diretamente o consumo das famílias mais vulneráveis, responsáveis por grande parte da economia de giro rápido.
Governo ainda precisa formalizar proposta
Apesar das projeções, o valor de R$ 1.621 ainda não é oficial. A equipe econômica deve revisar novamente as expectativas de inflação e crescimento antes de enviar o número definitivo ao Congresso.
O valor final deve ser fechado na revisão do Orçamento, que tradicionalmente ocorre entre agosto e outubro. Até lá, o piso pode sofrer pequenos ajustes caso as condições econômicas mudem.
Por que o salário mínimo importa
O Brasil tem cerca de 38 milhões de pessoas diretamente impactadas pelo salário mínimo, entre trabalhadores formais, informais e beneficiários de programas sociais.
Além disso, o reajuste influencia políticas públicas, contratos privados e decisões de investimento de empresas que operam com mão de obra intensiva.
Especialistas afirmam que a política de valorização, ao garantir aumento real quando o país cresce, contribui para reduzir desigualdades e fortalecer a massa salarial mas também exige controle fiscal para que o crescimento das despesas obrigatórias não pressione as contas públicas.









