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Golpe da compra retida: Criminosos usam dados reais e assustam consumidores com taxa falsa de liberação

Por Claudia Antunes

O mundo digital ganhou mais um golpe sofisticado e perigoso. Chamado de “Golpe da Compra Retida”, ele mistura engenharia social com acesso indevido a informações reais dos consumidores. A polícia civil emitiu um alerta após casos se multiplicarem em todo o país. O esquema, que simula um comunicado oficial da Receita Federal, tem enganado até os mais atentos.

Como funciona o golpe?

A tática é simples, mas eficaz: os criminosos descobrem compras verdadeiras feitas pelas vítimas – normalmente por meio de vazamento de dados ou invasão de sistemas – e enviam uma mensagem informando que a encomenda está “retida na alfândega” por pendência no pagamento de uma taxa de liberação.

O diferencial do golpe é a veracidade das informações: o e-mail ou SMS contém nome completo da vítima, dados do pedido e até valor da compra. Com isso, a confiança aumenta e a chance de pagamento também.

O alerta da polícia

Segundo a delegada Flávia Monteiro de Barros, o crime vem crescendo porque os bandidos exploram o medo de perder o produto comprado.

“Eles se aproveitam do imediatismo do consumidor e do desejo de receber o produto, criando uma situação de urgência para induzir ao pagamento”, explica a delegada.

Como identificar a fraude?
• Desconfie de cobranças via Pix ou boleto em nome de pessoas físicas;
• Verifique a origem da mensagem: a Receita Federal não envia links por SMS ou WhatsApp;
• Acesse sempre o site oficial dos Correios ou da Receita para confirmar pendências;
• Nunca clique em links recebidos por mensagens.

O golpe se reinventa

O “Golpe da Compra Retida” mostra a sofisticação do crime digital. Antes, as mensagens eram genéricas; agora, são personalizadas e com dados reais, tornando a fraude ainda mais convincente.

Especialistas reforçam que, diante da ansiedade do brasileiro por compras online e entregas rápidas, a engenharia social se torna um campo fértil para criminosos.

Prejuízo e medo

Há relatos de vítimas que pagaram valores entre R$ 50 e R$ 500, acreditando liberar a compra. Em alguns casos, após o pagamento, os golpistas voltam a cobrar novas taxas, alegando “erro no sistema”.

A polícia orienta que qualquer suspeita seja registrada em boletim de ocorrência, preferencialmente online, e que as vítimas também reportem a fraude ao banco para tentar bloquear valores.

Como se proteger:
✅ Confira sempre no site oficial dos Correios
✅ Receita NÃO envia links por WhatsApp
✅ Não clique em links suspeitos
✅ Nunca pague taxa via PIX para liberar compra

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