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Polícia prende homem que atropelou e arrastou mulher na Marginal Tietê

Caso é investigado como tentativa de feminicídio

A Polícia Civil de São Paulo prendeu o motorista acusado de atropelar e arrastar uma mulher por aproximadamente um quilômetro na Marginal Tietê, na Zona Norte da capital. O crime ocorreu após uma discussão entre o agressor e a vítima, identificada como Taynara Souza Santos, de 31 anos. A investigação trata o caso como tentativa de feminicídio.

Segundo relatos de testemunhas, a mulher havia acabado de deixar um bar na região do Parque Novo Mundo, acompanhada de uma amiga, quando foi surpreendida pelo motorista identificado como Douglas Alves da Silva, de 26 anos. Testemunhas afirmam que os dois mantinham um relacionamento anterior e que o atropelamento teria sido motivado por ciúmes, após um desentendimento momentos antes do ataque.

O agressor, conduzindo um veículo modelo Golf de cor preta, avançou deliberadamente contra a vítima, que foi lançada sobre o capô e ficou presa sob o carro. Mesmo percebendo o impacto, o motorista seguiu em alta velocidade em direção à Marginal, arrastando Taynara pelo asfalto. Imagens registradas por câmeras de segurança e por motoristas que trafegavam pela via flagraram a cena, que gerou grande comoção nas redes e na imprensa.

Gravemente ferida, a vítima foi socorrida por pessoas que presenciaram a ação e encaminhada ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli, onde passou por cirurgia de emergência. Devido à extensão das lesões causadas pelo arrastamento, Taynara teve as duas pernas amputadas abaixo dos joelhos e permanece internada em estado grave. A mulher é mãe de dois filhos pequenos.

Após o crime, o motorista fugiu e chegou a se esconder em um hotel na Zona Leste da cidade, onde foi localizado pela polícia. Na tentativa de abordagem, Douglas teria reagido contra a equipe e tentado tomar a arma de um dos policiais, resultando em disparos que o atingiram no braço. Ele foi levado para atendimento médico e, em seguida, conduzido ao 90º Distrito Policial, onde permanece preso e à disposição da Justiça.

O caso despertou indignação e mobilizou discussões sobre o aumento da violência contra mulheres no país, especialmente em contextos de relacionamento ou ex-relacionamento. Organizações feministas e especialistas apontam o episódio como mais um exemplo extremo de violência de gênero, ressaltando a necessidade de políticas efetivas de prevenção e proteção.

A Secretaria de Segurança Pública informou que o inquérito prossegue para apuração detalhada do crime, incluindo análise de imagens, perícias e depoimentos de testemunhas. A investigação trabalha com a hipótese de tentativa de feminicídio, dada a natureza intencional do atropelamento e o histórico de relação entre vítima e agressor.

Enquanto o processo legal avança, Taynara segue em recuperação na unidade hospitalar, respirando com auxílio de aparelhos e sem previsão de alta. Amigos e familiares acompanham o caso com expectativa e esperança pela sua recuperação.

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