Home / Cidades / Região Metropolitana / Rio de Janeiro / Serial killer da feijoada: filha contrata amiga para envenenar o próprio pai

Serial killer da feijoada: filha contrata amiga para envenenar o próprio pai

O caso que ficou conhecido como o da “feijoada envenenada” chocou a Baixada Fluminense e chama atenção pelo grau de frieza e planejamento dos envolvidos. A vítima, Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, morreu em abril de 2025, poucas horas após consumir uma feijoada preparada em sua casa em Duque de Caxias. Inicialmente, a morte foi registrada como natural, atribuída a complicações de saúde, mas as investigações revelaram uma trama premeditada.

O crime planejado

Segundo apuração da polícia, Michele Paiva da Silva, filha da vítima, contratou Ana Paula Veloso Fernandes, amiga da faculdade de Direito, para envenenar o pai. O pagamento acordado inicialmente foi de R$ 4.000, mas Ana Paula recebeu apenas R$ 1.400, descontando uma dívida anterior. A amiga viajou de São Paulo ao Rio de Janeiro exclusivamente para executar o crime.

A polícia também descobriu que Ana Paula testou a substância tóxica em animais, incluindo cães, para medir a dosagem, antes de utilizá-la na feijoada. O veneno utilizado teria sido um composto altamente tóxico, possivelmente chumbinho ou veneno agrícola, capaz de provocar morte rápida e silenciosa.

A investigação e prisão

As investigações comprovaram que Michele e Ana Paula agiram com premeditação, manipulando informações e tentando encobrir a autoria do crime. Ana Paula já era investigada por outros casos suspeitos de envenenamento em São Paulo, totalizando pelo menos quatro vítimas em circunstâncias semelhantes.

Ambas foram presas preventivamente, e a Justiça autorizou a exumação do corpo da vítima para análises toxicológicas, confirmando a presença da substância que causou a morte. A irmã gêmea de Ana Paula também é investigada por eventual participação na logística ou apoio moral ao crime.

O impacto do caso

O episódio chocou familiares, amigos e a sociedade, não apenas pela crueldade do ato, mas pela frieza com que foi planejado. A vítima confiava na filha e nas pessoas próximas, e justamente essa confiança foi explorada para cometer o crime.

O caso evidencia ainda a dificuldade de identificação de envenenamentos, que muitas vezes podem passar despercebidos como mortes naturais, e reforça a necessidade de perícia rigorosa em situações suspeitas.

Reflexão

O crime da “feijoada envenenada” é um alerta sobre como relações familiares e conflitos financeiros podem se transformar em tragédias quando aliados a premeditação e frieza. Mais do que um episódio policial, trata-se de um retrato de manipulação, violência planejada e a fragilidade da confiança humana diante de interesses pessoais extremos.

O caso segue em investigação, e a expectativa é de que a Justiça conclua a tramitação dos processos com penas proporcionais à gravidade e à premeditação do crime.

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *