O Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ) viveu um dos episódios mais traumáticos de sua história. No início da tarde desta sexta-feira, um funcionário da instituição entrou armado no campus do Maracanã, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e abriu fogo contra servidoras do setor administrativo. O ataque aconteceu durante o horário regular de funcionamento da escola, quando dezenas de estudantes estavam em aula e circulação.
A sequência do ataque
De acordo com relatos de quem estava no local, os primeiros disparos aconteceram por volta de 15h50. O som dos tiros ecoou pelos corredores e provocou pânico imediato entre alunos, professores e funcionários. Houve correria, fechamento de salas e tentativa de proteção improvisada enquanto ninguém sabia o que estava acontecendo. Alguns estudantes se abrigaram em banheiros e laboratórios, enquanto outros correram para a rua em busca de segurança.
Logo após os tiros, equipes da segurança interna acionaram as autoridades. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros chegaram rapidamente ao campus, que foi isolado. A instituição determinou a evacuação total do prédio e suspendeu imediatamente as atividades.
Vítimas e autor
O ataque resultou na morte de duas mulheres que trabalhavam no CEFET/RJ: uma professora e uma psicóloga da instituição. Ambas chegaram a receber atendimento médico, mas não resistiram aos ferimentos. O agressor identificado como funcionário ativo da instituição foi encontrado morto dentro do prédio. A principal suspeita é de que ele tenha tirado a própria vida instantes depois do ataque.
Investigação em andamento
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que trabalha para entender a motivação do crime. Imagens internas do campus já estão sendo analisadas e testemunhas estão sendo ouvidas para reconstruir os detalhes do ataque. Ainda não está claro se houve desentendimentos prévios, situações de conflito ou qualquer indício que pudesse antecipar a tragédia.
Além disso, a instituição tenta reorganizar seus protocolos de segurança e acolhimento emocional após o ocorrido. A direção do CEFET/RJ suspendeu atividades presenciais e avalia medidas de apoio psicológico a estudantes e servidores que vivenciaram o episódio.
Impacto humano e institucional
O ataque deixou a comunidade acadêmica em choque. O CEFET, tradicional referência na educação pública federal, foi tomado por tristeza, medo e questionamentos sobre segurança e prevenção. Em poucas horas, mensagens de alunos e ex-alunos se espalharam nas redes sociais com relatos de desespero, pedidos de oração e homenagens às vítimas.
Além das vidas perdidas, a tragédia deixa marcas emocionais profundas. Espaços de formação e convivência especialmente escolas e universidades deveriam representar segurança, acolhimento e futuro. Quando a violência invade esse ambiente, o trauma ultrapassa os muros da instituição e atinge toda a sociedade.
O que esperar daqui em diante
Nos próximos dias, a polícia deve divulgar novas informações sobre o caso, incluindo possíveis motivações, histórico do atirador e falhas que permitiram o acesso armado ao campus. O país acompanha com atenção e preocupação.
O acontecimento reacende debates urgentes:
• Como fortalecer a segurança interna de instituições de ensino?
• Há sinais negligenciados antes de tragédias como esta?
• Como garantir apoio psicológico às vítimas diretas e indiretas?
As respostas ainda virão, mas o impacto permanece e será lembrado por muito tempo.








