Encontro contou com o bispo Samuel Ferreira e o deputado Cezinha da Madureira; grupo orou pelo Brasil e pelo presidente
Por Cláudia Antunes — Conexão Rio News
Brasília, 16 de outubro de 2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta quinta-feira (16), um grupo de pastores e lideranças evangélicas no Palácio do Planalto, em Brasília. O encontro teve a presença do advogado-geral da União, Jorge Messias, apontado como favorito para ocupar a próxima vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), e reuniu nomes influentes como o bispo Samuel Ferreira e o deputado federal Cezinha da Madureira (PSD-SP).
Segundo relato da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que também participou da reunião, o grupo orou pelo Brasil e pelo presidente, em um momento descrito como “de fé e união pelo país”. A ministra afirmou nas redes sociais que a iniciativa simboliza a aproximação do governo com as comunidades evangélicas, segmento que tem grande peso político e social no país.
Encontro de fé e política
Durante a reunião, os líderes religiosos entregaram a Lula uma Bíblia simbólica e uma edição comemorativa dos cem anos da Igreja Assembleia de Deus do Brás. O presidente agradeceu os presentes e destacou a importância do diálogo entre fé e governo.
“Este é um encontro de respeito e emoção. A fé é parte da força que move o Brasil”, disse Lula, segundo nota divulgada pela Presidência. O chefe do Executivo reforçou ainda que o governo deve “dialogar com todas as expressões religiosas”, sem distinção de crença.
Messias em destaque
A presença do ministro Jorge Messias no encontro chamou atenção nos bastidores políticos. Considerado um dos nomes mais próximos de Lula, Messias é visto como principal cotado para a vaga no STF deixada pela aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso.
Sua participação em uma agenda com líderes evangélicos é interpretada como um gesto político para fortalecer pontes entre o governo e o segmento religioso, que tradicionalmente se mostra mais alinhado à oposição. Deputados da bancada evangélica avaliam que Messias tem perfil conciliador e discurso moderado, o que agrada parte das lideranças.
Repercussões e bastidores
O encontro foi articulado por pastores ligados à Convenção das Assembleias de Deus no Brasil (Cadb) e contou com parlamentares de diferentes partidos. Nos bastidores do Planalto, a reunião é vista como um movimento estratégico de Lula para reduzir resistências entre evangélicos e criar um canal permanente de diálogo com o grupo.
De acordo com fontes próximas ao governo, novas reuniões com representantes religiosos estão previstas ainda para este ano, com foco em projetos sociais e educação de base em comunidades periféricas.
Aproximação com o segmento evangélico
A relação entre o governo federal e as lideranças evangélicas vem sendo reforçada nos últimos meses. Desde o início do terceiro mandato, Lula tem buscado ampliar sua base de apoio entre igrejas e organizações religiosas, apostando no discurso de respeito à pluralidade de fé.
O gesto mais recente, segundo interlocutores do Planalto, tem também um componente político: consolidar uma imagem de diálogo e harmonia em meio às disputas que cercam a sucessão no Supremo.
Oração e gesto simbólico
Ao final do encontro, os pastores se reuniram em um momento de oração coletiva, pedindo bênçãos “pelo Brasil, pelo presidente e por sabedoria nas decisões que virão”. O clima, segundo participantes, foi de cordialidade e emoção.
“Foi um encontro de fé e de compromisso com o futuro do país”, resumiu o deputado Cezinha da Madureira.









