Washington — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, renovou nesta segunda-feira (20) o pedido por um cessar-fogo imediato na guerra da Ucrânia durante encontro com o líder ucraniano Volodymyr Zelensky, na Casa Branca. A proposta, inicialmente recebida com cautela, ganhou força após líderes de países europeus manifestarem apoio público à iniciativa.
Reunião em Washington
Durante a conversa, que durou pouco mais de uma hora, Trump destacou que “a continuidade do conflito não beneficia ninguém” e defendeu uma “solução diplomática rápida e justa”. Segundo fontes da Casa Branca, o presidente americano teria apresentado um esboço de proposta de trégua supervisionada pela ONU, envolvendo garantias de segurança tanto para Kiev quanto para Moscou.
Zelensky, embora tenha mantido postura reservada, reconheceu a importância da mediação internacional e afirmou estar disposto a “ouvir qualquer proposta que preserve a soberania da Ucrânia”.
“Queremos paz, mas uma paz que não custe a independência do nosso país”, afirmou o presidente ucraniano após o encontro.
Reações da Europa
A iniciativa de Trump encontrou eco em diversas capitais europeias. O presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Olaf Scholz expressaram, em comunicado conjunto, apoio ao cessar-fogo como primeiro passo rumo a negociações de paz estruturadas.
Já o primeiro-ministro da Itália, Giorgia Meloni, disse que “qualquer movimento que reduza o sofrimento do povo ucraniano e estabilize a região merece ser considerado”.
Diplomatas em Bruxelas afirmam que a União Europeia acompanha com cautela a proposta americana, mas vê com bons olhos uma iniciativa que possa aliviar as tensões militares e os impactos econômicos do conflito.
Impasses e desconfianças
Apesar das manifestações de apoio, analistas apontam que a resistência russa e a desconfiança ucraniana ainda são obstáculos para qualquer avanço concreto. Moscou exige que Kiev reconheça o controle russo sobre territórios ocupados, condição que Zelensky rejeita.
O Kremlin, em nota breve, declarou estar “aberto ao diálogo”, mas reforçou que “as realidades territoriais devem ser levadas em conta”.
O impacto global
O apelo de Trump marca uma virada diplomática na posição dos Estados Unidos, que até então mantinham foco no apoio militar a Kiev. A mudança pode redesenhar alianças e obrigar os parceiros europeus a repensar suas estratégias de defesa e cooperação.
Enquanto isso, o mundo observa com atenção se o gesto será o início de uma nova etapa de negociações ou apenas mais um capítulo da longa e dolorosa guerra que já ultrapassa os mil dias de duração.









