Home / Cidades / Região Metropolitana / Rio de Janeiro / Morre Ace Frehley, ex-guitarrista do Kiss, aos 74 anos

Morre Ace Frehley, ex-guitarrista do Kiss, aos 74 anos

Ícone do rock mundial enfrentava complicações após uma hemorragia cerebral; músicos e fãs prestam homenagens

Por Cláudia Antunes — Conexão Rio News | 16 de outubro de 2025

O mundo do rock perdeu nesta quinta-feira (16) um de seus grandes símbolos: Ace Frehley, guitarrista original do Kiss, morreu aos 74 anos, em Nova York. O músico estava hospitalizado havia algumas semanas, após sofrer uma hemorragia cerebral decorrente de uma queda em casa. Segundo fontes próximas à família, ele vinha sendo mantido sob ventilação mecânica, mas seu estado se agravou nos últimos dias.

A notícia foi confirmada por pessoas próximas ao artista e repercutiu rapidamente entre fãs e colegas de profissão. “Ace era único, um dos guitarristas mais criativos e autênticos de sua geração”, escreveu um ex-integrante do Kiss em uma rede social.

Da garagem ao estrelato mundial

Nascido Paul Daniel Frehley, no Bronx, em 1951, o futuro “homem do espaço” do Kiss começou a tocar guitarra ainda adolescente, inspirado pelo som pesado de bandas britânicas como Cream e Led Zeppelin. Em 1973, ao lado de Paul Stanley, Gene Simmons e Peter Criss, ajudou a fundar o Kiss — grupo que redefiniu o espetáculo no rock, com maquiagem, figurinos futuristas e explosões no palco.

Ace ficou marcado pelo personagem “Spaceman”, um dos quatro rostos lendários da banda, e por solos de guitarra cheios de energia e teatralidade. Era o tipo de músico que transformava cada nota em performance. Entre as faixas imortalizadas por ele estão “Shock Me”, “Cold Gin” e “Rocket Ride”, que se tornaram hinos entre os fãs.

Uma carreira solo de altos voos

Após deixar o Kiss pela primeira vez em 1982, Frehley seguiu carreira solo e lançou o álbum “Frehley’s Comet”, sucesso entre os fãs do hard rock. Seu maior hit fora da banda, “New York Groove”, mostrou um lado mais leve e experimental do artista, mantendo-o relevante mesmo longe dos holofotes do grupo.

Apesar das idas e vindas — ele retornou brevemente nas décadas de 1990 e 2000 —, Ace manteve uma relação de respeito e distância com os ex-colegas. Sempre discreto, preferia se concentrar em seus projetos musicais e em aparições esporádicas em eventos e convenções de fãs.

Luto e legado

Com a notícia de sua morte, artistas de diversas gerações publicaram mensagens de luto. Bandas como Metallica e Foo Fighters prestaram homenagens, destacando a influência de Frehley na formação de novos guitarristas.
“Ele foi o primeiro a me mostrar que o rock também podia ser divertido, teatral e libertador”, escreveu um músico da cena atual.

Nos Estados Unidos, fãs se reuniram em frente à calçada da fama do Rock and Roll Hall of Fame, onde o Kiss foi introduzido em 2014, para deixar flores e velas.

O legado de Ace Frehley ultrapassa sua técnica e performance: ele ajudou a construir a imagem do rock como espetáculo — misto de som, luz e atitude. Seu estilo inconfundível, com guitarras cintilantes e postura carismática, moldou o caminho de incontáveis bandas que vieram depois.

Uma estrela que continua brilhando

Embora o corpo de Frehley tenha partido, o mito do “Spaceman” continua vivo. Para os fãs, ele é mais que um guitarrista: é uma constelação de lembranças, riffs e emoção.

O funeral deve ser realizado em cerimônia restrita à família, em Nova York. Ainda não há informações sobre homenagens públicas, mas já circula entre admiradores o desejo de uma grande celebração em sua memória.

Ace Frehley deixa um legado eterno — o som inconfundível de uma guitarra que ajudou a escrever a história do rock.

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *