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Trupe Insanna prepara estreia explosiva no 6º Festar em Araruama

Por Cláudia Antunes

O teatro e a psicanálise encontram-se no mesmo palco quando a Trupe Insanna, dirigida por Fábio Blanc e Manu Blanc, entra em cena. Conhecida por transformar sonhos, desejos e traumas em matéria teatral, o grupo araruamense cria espetáculos que mergulham no inconsciente humano, traduzindo em cena o que normalmente se esconde nas frestas da alma.

Em novembro, o público terá a oportunidade de vivenciar essa experiência única na estreia da peça “O Grande Duelo entre o Diabo e o Boi Encantado”, apresentada durante o 6º Festar, festival construído de forma coletiva pelos fazedores de cultura de Araruama e idealizado pelo Espaço Multicultural Gene Insanno.

Um encontro entre o sagrado e o profano

Na nova montagem, a Trupe propõe um embate improvável: o Boi, símbolo de encantamento e tradição popular, enfrenta o Diabo, ícone do medo e da transgressão. No entanto, o que poderia ser apenas um duelo folclórico se torna uma metáfora viva sobre os conflitos internos que atravessam cada espectador.

Com linguagem cênica ousada, que mistura humor, poesia e crítica social, o espetáculo promete provocar gargalhadas e inquietações, ressoando muito além do palco. “A luta entre o Boi e o Diabo é, na verdade, a luta de todos nós contra as forças que tentam nos aprisionar — internas ou externas”, explica Fábio Blanc.

Festar: a festa que é resistência cultural

O Festar chega à sua sexta edição reafirmando o papel da cultura como espaço de encontro, diversidade e criação coletiva. Diferente dos festivais tradicionais, o evento nasce das mãos e da paixão dos próprios artistas da cidade, que constroem juntos uma programação plural.

Idealizado pelo Espaço Multicultural Gene Insanno, o Festar se tornou uma vitrine para a produção local, atraindo público de toda a região e consolidando Araruama como um polo cultural efervescente.

A experiência Insanna

Para quem já acompanhou a Trupe Insanna, sabe-se que assistir a uma de suas peças é muito mais do que ver teatro: é ser atravessado por imagens, emoções e reflexões que insistem em permanecer mesmo depois do último aplauso.

E, como de costume, a estreia não será apenas um espetáculo, mas um convite ao público para se deixar transformar. Afinal, como lembra Manu Blanc: “O teatro não existe para dar respostas, mas para abrir perguntas dentro de cada um”.

Em novembro, quando as cortinas se abrirem para o grande duelo, Araruama não verá apenas o embate entre um Diabo e um Boi encantado. Verá a força de uma cidade que resiste e cria, que sonha e transforma, que faz da arte um espelho e, ao mesmo tempo, um portal.

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