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Três bares interditados em São Paulo após casos de metanol: o que se sabe até agora

São Paulo, SP — Uma operação conjunta da Vigilância Sanitária municipal e estadual, Polícia Civil e demais órgãos de saúde levou à interdição de três bares na região metropolitana de São Paulo, em meados de 29 e 30 de setembro de 2025, depois de investigações apontarem a presença de bebida alcoólica adulterada com metanol.

Os estabelecimentos afetados
• O bar Ministrão, localizado na Alameda Lorena, nos Jardins, zona nobre de São Paulo, foi interditado após denúncias e indícios de intoxicação. Nele, foram apreendidas cerca de 100 garrafas de destilados sem procedência comprovada.
• Outros dois bares na Mooca (zona leste) e na Vila Mariana (zona sul) também foram fechados como parte da operação.
• Fora da capital, um bar em São Bernardo do Campo (Grande SP) foi interditado igualmente.

O que motivou as interdições
• Casos de pessoas contaminadas após consumir bebidas alcoólicas adulteradas com metanol — houve confirmação de ao menos sete intoxicações até o momento, com diversos casos ainda sob investigação.
• Pelo menos uma morte confirmada por intoxicação por metanol em São Paulo, outras mortes estão sendo investigadas.
• Apuração da origem das bebidas encontradas nos bares: muitos destilados sem rótulo, sem nota fiscal ou lacre de segurança, além de relatos de bebidas compradas de vendedores ambulantes ou de rua.

Reações das autoridades e medidas
• O governo estadual determinou interdição cautelar dos estabelecimentos onde há suspeita ou confirmação de intoxicação por metanol.
• Também foi emitido alerta do Ministério da Justiça e da Secretaria Nacional do Consumidor para que bares, restaurantes e distribuidores redobrem atenção com a procedência das bebidas, lacres, procedência do lote, checagem fiscal etc.
• A Vigilância Sanitária apreendeu ao menos 117 garrafas de bebidas suspeitas nos bares da Mooca e Jardins. Todos esses lotes serão periciados.

Impactos humanos até agora
• Casos graves de intoxicação: além de efeitos clássicos como náusea, dor de cabeça, rebaixamento de consciência, há relatos de perda de visão permanente ou temporária.
• Duas mortes já confirmadas por intoxicação por metanol no estado este ano, sendo uma na capital paulista, outra em São Bernardo do Campo.

Questões em aberto e riscos
• A origem exata das bebidas adulteradas ainda está sob investigação. É incerto até que ponto fabricantes clandestinos, vendedores ambulantes ou distribuidores regulares estão envolvidos.
• A toxicidade do metanol — mesmo em pequenas quantidades — é alta: pode causar cegueira irreversível, falência de órgãos ou morte.
• Existe o risco de surtos mais amplos, especialmente se lotes adulterados forem distribuídos por várias regiões em bares, adegas ou pontos de venda menos regulados. As autoridades já tratam o fenômeno como possível risco coletivo à saúde pública.

Conclusão

A interdição desses bares evidencia um problema grave que mistura criminalidade, falhas na fiscalização, e risco direto à saúde pública. O metanol em bebidas não é apenas uma adulteração comercial: é ameaça imediata à vida. E o caso paulista mostra que mesmo lugares tradicionais ou “bem localizados” podem estar envolvidos.

Para o consumidor, a lição é clara: verifique sempre lacres, procedência, nota fiscal. E, para as autoridades, é urgente aumentar a capacidade de fiscalização preventiva, rastrear lotes e responsabilizar legalmente os envolvidos.

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