O tapete vermelho de Los Angeles foi palco de uma cena improvável e histórica: um garoto de apenas 15 anos subiu ao palco do Emmy Awards 2025, ergueu a estatueta dourada e quebrou paradigmas. Owen Cooper, intérprete de Jamie Miller na série “Adolescência”, da Netflix, tornou-se o mais jovem vencedor da premiação.
Vestindo um terno azul-marinho que parecia grande demais para seu corpo magro, Owen mal conseguia segurar o troféu. “Eu só queria contar a história de alguém que parecia comigo e com os meus amigos”, disse, com a voz embargada, enquanto a plateia — repleta de veteranos — aplaudia de pé.
A série que virou espelho
“Adolescência” estreou em 2024 como uma aposta discreta da Netflix, mas rapidamente se transformou em fenômeno. A trama acompanha Jamie Miller, um garoto que enfrenta bullying, inseguranças e a descoberta de sua própria identidade em meio ao caos da juventude.
Owen, até então desconhecido, deu vida ao personagem com uma mistura de vulnerabilidade e intensidade rara. Críticos compararam sua atuação à de ícones que marcaram gerações, descrevendo-a como “crua, autêntica e profundamente humana”.
Um prêmio, muitas gerações
A vitória de Owen não é apenas um marco pessoal: simboliza a força da Geração Z e a entrada da Geração Alpha no cenário artístico global. Se antes o Emmy era dominado por nomes consagrados, este ano mostrou que a juventude pode — e deve — ser protagonista.
Ao receber o prêmio, Owen dedicou-o “a todos os adolescentes que já se sentiram invisíveis”. Nas redes sociais, a frase viralizou instantaneamente, transformando a estatueta em manifesto.
A indústria em choque (positivo)
Executivos da Netflix comemoram: “Adolescência” não apenas garantiu audiência recorde, como abriu novas portas para narrativas juvenis tratadas com profundidade, sem estereótipos.
Críticos de televisão já apontam Owen Cooper como “um astro em formação” e comparam sua estreia meteórica à de Natalie Portman em O Profissional e Millie Bobby Brown em Stranger Things.
O futuro de um menino que virou símbolo
Owen ainda está no colégio e, segundo a mãe, continua preocupado com provas de matemática e treinos de futebol. Mas agora carrega consigo o peso e a glória de ter feito história.
No palco do Emmy, diante de câmeras do mundo todo, ele concluiu sua fala com um sorriso tímido:
“Se a adolescência é um turbilhão, que bom que eu pude transformá-la em arte.”
E naquela noite, ficou claro: Owen Cooper não apenas venceu um prêmio. Ele deu voz a uma geração inteira.






