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Megaoperação no Alemão e na Penha deixa quatro mortos; polícias tentam prender cem integrantes do Comando Vermelho

Uma grande operação das forças de segurança do Rio de Janeiro mobilizou, nesta terça-feira (28), centenas de agentes das polícias Civil e Militar nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital. A ação, considerada uma das maiores do ano, tem como objetivo cumprir mais de 100 mandados de prisão contra suspeitos ligados à facção Comando Vermelho (CV).

De acordo com as autoridades, a operação contou com o apoio de helicópteros blindados, veículos blindados (caveirões) e agentes de diversas unidades especializadas. Até o fim da manhã, quatro suspeitos haviam sido mortos em confrontos e pelo menos 15 pessoas presas, entre elas, nomes considerados de médio e alto escalão da organização criminosa.

Objetivo e contexto da ação

A ofensiva integra uma série de operações conjuntas entre as polícias Civil e Militar para desarticular a estrutura do tráfico nas comunidades dominadas pelo Comando Vermelho. Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), os alvos são investigados por envolvimento em crimes como homicídio, tráfico de drogas, roubo de cargas e associação criminosa.

Os mandados foram expedidos pela Justiça a partir de investigações que duraram mais de seis meses, conduzidas pela Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) e pelo Departamento de Polícia Especializada (DGPE).

Confrontos e apreensões

Moradores relataram tiroteios intensos desde as primeiras horas da manhã, especialmente nas regiões conhecidas como Fazendinha, Palmeiras e Vila Cruzeiro. De acordo com a Polícia Militar, foram apreendidos fuzis, granadas, munições e grandes quantidades de drogas.

Equipes médicas do SAMU e do Corpo de Bombeiros foram acionadas para atendimento emergencial de feridos durante os confrontos. Quatro suspeitos morreram após troca de tiros com os agentes, e nenhum policial foi atingido até o momento.

Declarações oficiais

O secretário de Polícia Civil, Marcus Amim, afirmou que a operação é uma resposta direta ao aumento da violência armada em áreas de domínio do tráfico.

“O objetivo é atingir o núcleo estratégico da facção, enfraquecendo o comando e interrompendo o fluxo financeiro e logístico dessas quadrilhas”, disse Amim.

O porta-voz da Polícia Militar, coronel Renato Lima, destacou a importância da ação conjunta:

“Estamos atuando de forma coordenada e com inteligência, buscando preservar vidas, mas enfrentando grupos fortemente armados que desafiam o Estado.”

Repercussão e impacto na região

As escolas municipais da Penha e do Alemão suspenderam as aulas nesta terça-feira por causa dos tiroteios. A Prefeitura do Rio informou que 25 unidades de ensino foram afetadas. O BRT Transcarioca também teve trechos interrompidos, e parte do comércio local manteve as portas fechadas por segurança.

A população relata clima de tensão, com muitas famílias impedidas de sair de casa desde o início da operação. Entidades de direitos humanos acompanham a ação e pedem transparência nas investigações sobre as mortes registradas.

Situação em andamento

A operação segue em andamento, com novas diligências previstas ao longo do dia. As forças de segurança informaram que continuarão atuando até o cumprimento total dos mandados de prisão e que novas ações semelhantes poderão ocorrer em outras comunidades do Rio de Janeiro nas próximas semanas.

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