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“Perdemos Índia e Rússia para a China”, dispara Trump após desfile militar em Pequim

Por Claudia Antunes

Pequim transformou um desfile militar em um espetáculo geopolítico que ecoou em todas as capitais do mundo. Sob a liderança de Xi Jinping, a China reuniu figuras de peso, como Vladimir Putin e Narendra Modi, num evento que deixou claro: o eixo de poder global está se deslocando para o Oriente.

A presença da Índia e da Rússia, lado a lado com a China, enviou uma mensagem inequívoca: a Ásia está consolidando alianças capazes de desafiar décadas de hegemonia ocidental.

Trump reage: “Um desastre para os EUA”

Enquanto as imagens do desfile viralizavam, Donald Trump não poupou críticas à atual administração americana:
“Nós perdemos Índia e Rússia para a China. Isso é um desastre total para os Estados Unidos. Esse tipo de coisa não aconteceria sob minha liderança”, afirmou em entrevista, acusando Biden de fraqueza diante do avanço chinês.

Para Trump, essa aproximação sinaliza um “novo eixo de poder” que pode reduzir a influência americana não apenas no comércio, mas também em organismos internacionais e tratados estratégicos.

Impacto no equilíbrio global

A união entre China, Rússia e Índia – três gigantes demográficos e econômicos – tem potencial para remodelar cadeias produtivas, fluxos de investimentos e até a dinâmica das moedas internacionais.
• China já é a maior potência industrial e tecnológica emergente.
• Rússia, mesmo sob sanções, mantém poder energético e militar relevante.
• Índia se consolida como potência tecnológica e mercado consumidor de peso.

Esse tripé, somado a países como Brasil e África do Sul dentro do BRICS, sinaliza um bloco com ambições claras de desafiar instituições dominadas pelo Ocidente, como FMI e Banco Mundial.

E o Brasil? Risco ou oportunidade?

Para o Brasil, essa reconfiguração é uma faca de dois gumes:
✅ Oportunidade: maior integração no BRICS pode significar investimentos chineses em infraestrutura, energia e tecnologia, além de acesso a mercados estratégicos.
⚠️ Risco: um alinhamento muito forte com a China pode gerar tensões com os EUA e a União Europeia, impactando acordos comerciais e exportações agrícolas.

Especialistas defendem que o Brasil mantenha sua diplomacia pragmática, equilibrando interesses entre Oriente e Ocidente, sob pena de se tornar refém de um jogo geopolítico em que não dita as regras.

O futuro é multipolar

O desfile em Pequim não foi apenas uma exibição de mísseis e drones. Foi um sinal de que estamos entrando em uma era multipolar, onde o poder não se concentra mais em Washington ou Bruxelas.
Para os EUA, o alerta está dado. Para o Brasil e os demais países emergentes, a pergunta é: como se posicionar para não ficar para trás nessa nova ordem mundial?

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